Hoje foi assim: Só! Por mais que tenha alguém por perto me sinto só, sem rumo, sem vontade ou melhor com vontade de sumir ir para bem longe sentir o vento bate no rosto esvoaçar meus cabelos, sentir o cheiro da natureza, mas no fundo tudo é só saudade de um tempo que não volta mais.
Quando chegamos aos quarenta tudo parece correr rápido demais, cada segundo é precioso, curtir a vida e o mundo é tudo neste momento, mas não da é impossível com tantos compromissos e responsabilidades e o tempo correr e as horas passam, queria te ver... não da!
Quando alguém livre como eu se apaixona por alguém é como se fosse prisioneira deste sentimento, bom mesmo é ser livre! Do contrario a solidão engasga, sufoca a vontade é de gritar muito alto para ninguém ouvir.
Cada instante é uma eternidade longe de você. Tão perto e tão longe!
Fiquei pensando quantas fezes mais irei me apaixonar assim? Isso deve ser algo divino, sublime eu acho.
Quando não se tem certeza de que a reciproca é a mesma fica difícil, sabe quando parece que é mas...
Por isso tenho certeza que a paixão e a solidão andão lado a lado!
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domingo, 30 de dezembro de 2012
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Rosa Amazonida: Muyrakitans
Rosa Amazonida: Muyrakitans: Monologo Dramaturgia: Regina Maciel As mulheres portadoras dos muyrakitans chegaram ao rio Amazonas provavelmente pelos rios Iça. ...
Muyrakitans
Monologo
Dramaturgia: Regina Maciel
As mulheres portadoras dos
muyrakitans chegaram ao rio Amazonas provavelmente pelos rios Iça. Napo, negro
ou Japurá de acordo com os primeiros Karas. Essa mulheres foram vistas durante
muito tempo subindo e descendo esses rios carregando com sigo objetos de
rituais e adorno.
Essa rotina diária permanece ate o
dia em que elas resolveram se estabelecer num lugar que passou a ser conhecido
por Monte das Mulheres ou Monte Incamiaba.
Ao trocarem as terras do alto rio
negro pelos rios nhamundá e trombetas as adoradoras da lua abandonaram seus
respectivos maridos por que esses queriam que elas adorassem ao sol,
enlouquecidas de tanta raiva mataram os curumins pegaram as cunhas e foram
embora as ycamiabas passaram a ser chamadas mulheres sem marido.
Canto
É noite de lua nova na floresta as
ycamiabas se aproximam do lago sagrado para festeja a festa da vitória, festeja
assim após dias de expiação e jejum num lago de especial importância pois fica
localizado no monte Yaci -Taperé ou Serra da Lua e o termino do primeiro ciclo
menstrual das adolescentes debutantes delas participam a Morubixaba as avós, as
jovens guerreiras e as iniciadas.
Em procissão vão aos bandos
descendo a colina carregando potes cheios de perfuma em seguida desce NARUNA a
guerreira chefe imponente em seu traje de gala em seus 50 anos Naruna ainda é
uma forte e elegante mulher.
Canto
Amanhece o dia as guerreiras voltam
às atividades de atencede as festa da Yacinorá todas participam da confecção
dos Muyrakitans.
O talismã e confeccionado a partir
da argila retirada do fundo do lago Yacy - Uaruá na noite anterior.
O Muyrakytam da direito as jovens
de se deitarem com o guerreiro que elas
escolherem fato esse que ocorrera dentro de alguns dias.
Ao redor da fogueira elas preparam
o banquete e relembram o dia que elas abandonaram as terras do Ayari.
Som......
Mas não muito distante chegava os
espanhóis Francisco Orellana e Frei Carvajal.
Orellana: Rio grande e
poderoso esse! (Diz Orellana)
Carvajal: Dizem que é o
rio da guerreira! (Prossegui Carvajal)
Orellana: Rios de
Amazonas!! Selvagens, Selvagens por todos os lado! Onde está as jazidas de ouro
e prata onde está o reino das mulheres guerreira que os selvagens tanto falam.
Ele insiste a qualquer custo obter
informações sobre as míticas mulheres insiste junto a um indígena prisioneiro e
sem lograr nenhum êxito entrega-o aos
espanhóis para que esses comentam todos os tipo de abusos carnais e depois sem
dó nem piedade joga o corpo quase morto nas margens do rio.
Vejam são mulheres primitivas!!!
A noticia dos tuxauas para os
espanhóis estava confirmada.
As mulheres subião ao monte quando
avistaram os invasores, mas que depressa substitui os objetos de uso domésticos
por armas de guerra, amarram os cabelos ao redor da cabeça para melhor combater
os intrusos e se preparam para o ataque!
Som do Torocano.
Os Kanury ouvi o som do torocano e
vem se junta às vizinhas se dividindo em grupos.
A expedição e pega de surpresa.
Orellanada reuni os espanhóis
descem dos bergamtins espanham-se nas canoas e enfrentam um grande exercito de
índios a sua frente.
Orellana: Elas já haviam sido avisadas! (Grita Orellana)
As guerreiras mesmo sendo poucas e
enlouquecidas de raiva combatem ferozmente os espanhóis.
O Comandante tenta chegar cada vez
mais perto.
Orellana: (Em seus
discurso histérico ressalta a sua natureza independente.)
Delas já ouvimos falar que andam em
bandos e seus filhos fazem em uma determinada época do ano
Dizem, ainda que deles os homens
imitam costumes, pois enérgicas, estimulam muitos deles a guerra.
Em meio ao combate Carvajal é
atingido com uma flechada no olho Orellana faz um índio prisioneiro ele esperneia
entre as águas os espanhóis o seguram
Orellana: Quem são as
mulheres que ajudaste a guerria?
Índio: São mulheres de
residem terra adentro
Orellana: Onde?
Índio: Entre 04 a 05 dias da costa do rio
Orellana: E por que
estava entre vocês?
Índio: Vieram proteger
suas terras.
Orellana: Elas tem
maridos? São Casadas?
Índio: Não!
Índio: Não!
Orellana: E como vivem
então?
Índio: Sozinhas.
Orellana: Como sabe?
Índio: Eu mesmo estive
lá em visita varias vezes levando-lhe tributos.
Orellana: Elas são
muitas?
Índio: Sim eu conheço umas 70 casas delas.
Índio: Sim eu conheço umas 70 casas delas.
Orellana insiste ainda mais, mas o
indígena não está disposto a lhe fornece mais informações seguras ao invasor.
Então começa a lhe falar das
virgens do templo do sol que se dedicam ao culto solar e cerimonial mágico –
religioso dos INCA, essas mulheres moram em casas de pedras com paredes de
folhas de ouro. Sua intenção e confundir o espanhol durante todo o
interrogatório.
Orellana: Elas tem
ouro?!
Índio: Sim! Existem ouro
nas cinco casas do sol onde realizam seus rituais.
Impressionado com a possibilidade
de tem reserva ourificas nas terras da ycamiabas os espanhóis nem percebe que
as informações é da cultura andina.
Os espanhóis vem surgir do outro
lado da margem um homem pintado de preto, corpulento e alto de aspecto feroz.
Índio: Ele come gente!! (Grita o índio)
Os espanhóis assustados soltam o
índio e a expedição abandona a região das ycamiabas.
Poucos acreditam neste discurso
fantástico.
Mas a verdade é que somos muitas
Narunas talvez sem a mesma autonomia,
mas com a mesma força com o mesmo objetivo perdido no tempo. No inicio pegas
nas correrias outras vendidas, trocadas por pelas de borracha, rifles ou
espingarda entregues aos seringueiros seus novos donos.
Somos muitas Ycamiabas!!!
domingo, 2 de dezembro de 2012
Infância I
Era domingo umas 10h da manhã entrei na boleia da caminhonete com
meu pai, nem sequer sabia aonde ia, queria mesmo era andar por aquele mundo de
meu Deus. Pegamos a estrada e depois entramos em um ramal, não me cansava de
contemplar a beleza daquele lugar. Flores no caminho, paus de campos,
castanheiras e sumaúmas.
Chegamos a um
lugar que parecia o destino de meu pai, havia uma casa que aparentava
vazia, perguntei: mora alguém aqui? Não! Disse meu pai. Casa vazia... Pensei...
Deve ter fantasmas! Desci do carro e corri para o campo atrás da
casa, era lindo! Grama baixa e bem verde
havia um balanço, brinquei sozinha naquele lugar, depois desci achei um
laguinho no final do campo que dava de encontro com a
floresta, água limpa peixes amarelos, fiquei encantada... Sentei
e contemplei tanto tempo que só ouvir meu pai gritar: REGINA! Pensei...
Já! Há queria ficar mais um pouquinho. Mas ao subir a ladeira onde ficava a
casa vi ao lado direito um pequeno cemitério, não contei
conversa corri para lá e fiquei olhando cada lapide, perguntei para o
meu pai quem eram as pessoas que estavam ali? Não as conheci minha filha, estão
ai desde que eu comprei estas terras. E essa casa por que não mora ninguém? Já
morou muita gente aqui, assim que tiver um pião que possa vir morar aqui a casa
será ocupada. Eu me lembro de ter falado: Tem uma anergia boa nesse
lugar é tão bonito, da vontade de ficar. E nunca mais voltei.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Ainda lembro com saudades!
Era mais ou menos às 17h da tarde eu e minha
família voltávamos de Rio Branco para fazenda na C10 de meu pai na BR
317. Todos na boleia, de longe avistamos muita fumaça,
coisa incomum pois quando a floresta queima não sai fumaça preta,
ficamos tentando adivinhar o que estaria acontecendo e onde? Meu pai
acelerava. Minha mãe dizia... Calma Claudio! Acho que ele já
pressentia o acontecimento.
A medida que
nos aproximávamos ficávamos mais apreensivos, estava muito perto
da fazenda Santa Luzia "Fazenda de meu pai", minha mãe dizia é na fazenda Cláudio!! O Fogo vem da fazenda! Na sede havia um barracão imenso cheio
de mercadorias "castanhas, borrachas, milho etc...Era lá que eu passava a
maior parte de meu tempo brincando e caçando ratos. Nesta época é fim do fim do
ciclo da borracha, mas ainda havia produção. Aos domingos o terreiro do
barracão do seu Salim Fahar ficava pinhado de castanha e borracha "eu
ainda conseguir ver isso". Chegando na sede da fazenda constamos de
cara que era uma das casas do terreiro grande, essa casa tinha muita mercadoria
também lá ficava todo o maquinário como motosserras, ferramentas e roçadeiras
etc.. Meu pai não conseguiu levar o carro até a sede deixou a gente no meio do
caminho e saíram ele e minha mãe correndo em direção a sede que
ficava uns duzentos metros, com uma recomendação. Não saiam do carro! Você
fiquem aqui! Entenderam? Nós assuntados sem entender direto tudo aquilo
ficamos, mas morrendo de curiosidade! Só víamos o povo correndo de um
lado para outro com balde de água, mas o fogo estava alto demais era
quase impossível conter tanta chamas. A casa ao lado era a casa
que morávamos corria o risco de pegar fogo também. Foi impressionante
ver tanta solidariedade todos os vizinhos das fazendas próximas vieram ajudar
e os pinhões da fazenda também. Eu e meus irmão só chorávamos e a
medida que eles iam contendo o fogo nós íamos nos aproximando ao ponto que
minha mãe nem notar que estávamos ali apreciando tudo
aquilo, morrendo de medo. Eu deveria ter uns 7 anos, nós éramos quatro irmãos,
aquele dia marcou as nossas vidas. Ficamos dias e meses falando só no assunto
até meu pai retirar do terreirão todo os restos da velha casa de paxiubão.
E o que era grande
ficou maior ainda, o terreirão que minha mãe passava horas a varrer com uma
vassoura de açaí agora era imensidão, brinquei muito ali, tinha muita areia
parecia praia, adorava arrodiar a casa a cavalo e ir em direção aos paus de
campo que eram muitos e faziam um bosque lindo, ali eu e meus irmão vivemos os
nossos melhores momentos de nossa infância, uma infância que todos deveriam ter
o direito de viver.
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